O povoado onde vivo, pertencente ao município de Coronel João Pessoa, tem um nome muito exótico. Por esse motivo, fui em busca de saber qual seria a origem do nome da minha comunidade.
Na recente pesquisa que fiz, entrevistei algumas pessoas idosas que pertencem às famílias mais antigas do meu povoado. Segunda elas, até hoje, ninguém sabe quem foi a pessoa que batizou meu povoado com o nome de “Caldeirão”.
Na nossa língua portuguesa, caldeirão é uma espécie de panela grande, com uma forma cilíndrica, usada para cozinhar grandes quantidades de comidas sobre um fogão à lenha.
Então, pergunto-me: o povoado “Caldeirão” poderia ter alguma relação com uma grande panela? Infelizmente, até agora, não consegui obter uma resposta de nenhum morador da comunidade.
Todavia, da pesquisa que fiz, pude extrair alguns dados históricos.
A Vila Caldeirão foi fundada no ano de 1978. Os primeiro habitantes da Vila Caldeirão foram as famílias Lima e Chaves. A sua origem está ligada à construção do Açude que está localizado ao lado da comunidade. Todas as famílias que moravam no local, onde hoje é o grande açude, foram transferidas para uma vila, construída ao lado do açude.
A obra foi construída no governo de Tarcísio Maia num curto período de apenas dois meses: deu-se início no dia primeiro de Novembro de 1977 e, no primeiro dia do ano de 1978, o açude foi inaugurado.
A vila Caldeirão é uma bela comunidade, composta de pessoas amigas e acolhedoras. Há uma bela capela, com a sua torre voltada para o centro da comunidade. Ela foi inaugurada em 1886 pelo padre italiano de então, Zezinho Caldera. A padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, foi escolhida pela minha comunidade como patrona do meu povoado.
Em 1979, um ano depois da inauguração da Vila, a energia chega. Em 1998, quase vinte anos depois, a comunidade tem acesso ao telefone público (TELERN).
Hoje, em minha opinião, os principais problemas sociais da Vila Caldeirão são, entre outros, a falta de assistência à saúde, ao lazer e a falta de um boa qualidade de ensino.